COMPUTAÇÃO QUÂNTICA E O DESAFIO IBM QUANTUM
Na atualidade a corrida na busca incansável pela computação quântica é grande, temos gigantes da tecnologia investindo pesado no sistema quântico como IBM, Google, Microsoft, Intel, Amazon, IonQ Quantum Circuits, Rigetti Computing e o mais recente a revelar planos neste sentido, a Honeywell.
A competição é acirrada, o interesse sobre esta tecnologia é grande em mostrar a sua capacidade de enfrentar uma nova classe de problemas computacionais complexos. Quem conseguir chegar à frente , poderão lucrar de forma significativa com a revolução da computação.
A IBM por exemplo fará a semana de desafios em seu quarto aniversário de computação quântica, o IBM Quantum Experience, em 4 de maio de 2020 e que se encerrará dia 8 do mesmo mês. Eles possuem 15 unidades computadores quânticos disponíveis na nuvem, todos localizados em Nova York, em breve terão outras unidades na Alemanha e Japão.
Para participar do desafio basta se cadastrar no link a seguir https://quantum-computing.ibm.com/challenges .
Google e Microsoft ainda não possuem nenhum serviço em nuvem mas anunciaram em 2019 que em pouco tempo irão disponibilizar. A Microsoft pretende disponibilizar o Azure Quantum utilizando equipamentos de parceiros como Honeywell, IonQ e QCI, já o Google desenvolve o próprio computador quântico e a empresa já disponibiliza uma ferramenta quântica, a Cirq, que oferece aos usuários controle preciso sobre os circuitos quânticos, em que as estruturas de dados são otimizadas para escrever e compilar esses circuitos quânticos a fim de permitir que os usuários tirem o máximo proveito das arquiteturas NISQ.
A Amazon também tem explorado o desenvolvimento de computadores quânticos em eu novo centro de computação quântica. No entanto estão planejando oferecer a computação quântica através do maior serviço de nuvem do planeta, o Amazon Web Services em parceria com D-Wave, IonQ e Rigetti.
A Rigetti, uma startup de computação quântica lançou seus Quantum Cloud Services em 2018.
Os desenvolvimentos “tornarão mais fácil para mais empresas começarem a se interessar pela computação quântica“, disse Garrison, da Accenture. “Não vamos acordar uma manhã e viver em um admirável mundo novo da computação quântica“. Se os engenheiros e cientistas puderem continuar com o progresso, os computadores quânticos poderão ajudar a resolver problemas de computação que são, na prática, impossíveis para os computadores clássicos atuais, o que inclui simulações de complexas de moléculas para desenvolvimento de medicamentos, simulações no campo astronômico e por ai vai.
Na computação binária, já sabemos que o estado de cada bit é único, sendo 0 ou 1 enquanto na computação quântica a posição do qubit, em substituição ao bit, ele pode assumir 1 ou 0 em sua posição, além de combinar
ambos, ou seja, pode ser 1 e 0 ao mesmo tempo. Justamente o fato do qubit poder trabalhar desta forma, viabiliza totalmente cálculos que levam meses em segundos. Por se tratar de um sistema não linear, as possibilidades de cálculos são infinitamente gigantes, inclusive ele pode resolver problemas com todas as possibilidades possíveis ao mesmo tempo, o que deixaria qualquer supercomputador, como o Summit facilmente no chinelo.
“O novo sistema quântico é importante porque oferece uma estrutura maior e oferece aos usuários a capacidade de executar experimentos ainda mais complexos de entrelaçamento e conectividade“, disse Dario Gil, diretor da IBM Research.
À medida que os computadores quânticos se desenvolvem com melhores eficiências bem como as experiências se espalham, as empresas de tecnologia defensoras estão ansiosas para enfrentar os desafios que estão além do alcance da computação atual binária.
“Estamos usando o quantum para resolver partes realmente importantes de problemas em química, ciência dos materiais, serviços financeiros”, disse Garcia, da IBM.
As simulações de química quântica são extremamente importantes, pois a simulação de estruturas atômicas em escala quântica é impossível, além de moléculas simples e claro, melhores ferramentas podem oferecer benefícios reais ao desenvolvimento científico, logo a humanidade propriamente.